terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

A MINHA VIDA NÃO SÃO DOIS DIAS

Entre eles tudo se passa
Amores, desamores, dores
Sorrisos, risos, felicidades
que novas, ou velhas não têm idade.

Recordações que ficam atrás
Esquecidas ou guardadas
À espera de um toque
De voltar, morrer ou ficar.


À espera de alguém
as acordar ou as
deixe para sempre abaixo
de palmos de terra, sufocadas.

Pode um beijo velho de idade
sentir-se agora, com a mesma
intensidade?
Alguém acredita, de verdade?

Pode um abraço sentir-se
olhando um retrato, ou
uns olhos tão fortes que nos cegam
de novo encontrar-se?

Um beijo molhado atrás
sentido, não secará?
um abraço de palavras
apertado não se separará,
neste presente?

O tempo é igual para todos
ou não? Mais não, penso.
Umas vezes feito lebre a correr
Outras parado a fazer doer.

O amor primeiro é o melhor?
Por ser descoberta, talvez ...
Do meu já só uma sombra,
Que uma luz fez desaparecer.

Os amores vão e vêm
Por vezes voltam, a chegar, a lembrar.
às vezes ficam nem que seja
por pouco, a aconchegar.

São assim feitos os dias
entre dois que, pensamos
ter esta vida. Amores
desamores que aceitamos.

Trocava os dias de dor
por outros de felicidade? Sim.
É preciso sofrer para aprender?
Dispenso.

Dispenso para os racionais.
Os que pensam os gestos, simples
normais
Aqueles que não têm espaço
na cabeça para uma esperança
de puto acesa.





Nenhum comentário:

Postar um comentário